sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Cheias em Setúbal


Foto de Pedro Banza - Praça do Bocage (18/2/08)

Actualmente, através do contacto com meios informativos como a televisão ou a internet, a ideia do impacto que a força da natureza pode, por vezes, causar na nossa sociedade já faz parte do conhecimento geral. De facto, uma catástrofe natural não só afecta a qualidade de vida das populações locais como também os mercados mundiais, nomeadamente no sector agrícola e no sector industrial.
Porém, se tivermos em conta a condição climatérica e geográfica do nosso país, facilmente se deduz que fenómenos como furacões, tsunamis ou erupções vulcânicas representariam uma improbabilidade de ocorrer por cá. Contudo, no passado dia 18 de Fevereiro, longos períodos de chuvas fortes resultaram em inundações um pouco por todo o território nacional, de proporções tais que os prejuízos em bens materiais, tanto no património municipal como em propriedade privada, ainda estão por calcular.
Entre as localidades mais afectadas, Setúbal localiza-se no topo da lista onde a água atingiu uma altura de 1,20m na Praça do Bocage, além das inúmeras ruas cortadas que se tornaram em autênticos rios, tornando-as intransitáveis quer para veículos, quer para peões. É de salientar, também, o resultado de uma vitima mortal em Azeitão que não conseguiu sobreviver à força das águas.
Após o sucedido, entidades do governo como o Ministro do Ambiente Francisco Nunes Correia lançaram fortes criticas à má gerência das autarquias, nomeadamente no Departamento de Saneamento. Além disso, o argumento relativo ao péssimo ordenamento do território das nossas cidades (Setúbal em particular) também foi mencionado como principal promotor da dificuldade do escoamento das águas pluviais.
Em título de conclusão, termino com a pergunta: Terá este fenómeno natural sido apenas uma anomalia climatérica ocasional ou poder-se-á colocar a hipótese deste ter sido uma consequência indirecta da acção maléfica do Homem sobre a Terra??

Seja Verde!

3 comentários:

MEN disse...

Banza, o fotógrafo. Está tudo dito.

Um abraço dos MEN
Luis

Francisco disse...

Verdes anónimos ao rubro! Até já há espaço para artigos de opinião de criação própria! Assim é que é.

Um abraço da Companhia de Teatro mal mal jeitosa de sempre.

Francisco disse...

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